Em um cartório, a proteção das informações não é apenas uma questão técnica — é uma exigência que impacta diretamente na segurança jurídica, na continuidade operacional e na confiança pública.
Perder dados, seja por falha técnica, erro humano ou ataque cibernético, pode gerar prejuízos imensos: retrabalho, paralisação de serviços, risco de sanções das corregedorias e até processos judiciais. Por isso, adotar boas práticas de backup e proteção de dados deixou de ser uma opção e passou a ser uma obrigação para qualquer serventia extrajudicial.
Por que o backup é tão crítico nos cartórios
- Dados sensíveis e irrepetíveis
Atos notariais e registrais não podem ser refeitos sem segurança jurídica. A perda de dados pode gerar consequências irreversíveis. - Exigências legais e normativas
O CNJ, as corregedorias e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exigem cuidados rigorosos com a integridade e a confidencialidade das informações. - Garantia da continuidade do serviço
Um bom plano de backup evita paralisações, mesmo em caso de incidentes como falhas de hardware, quedas de energia ou ataques digitais.
Práticas essenciais de backup para serventias
- Backup periódico e automatizado
Configure backups diários dos sistemas principais — como WNotas, WCRC3, WFinanca e GESEDISP, da Argon —, além de documentos, bases de dados e certificados. - Backup em múltiplos locais
Utilize pelo menos duas formas de backup: local (em HDs ou SSDs externos protegidos) e em nuvem, garantindo dupla segurança. - Verificação regular dos backups
Não basta fazer backup: é fundamental testar periodicamente se os dados podem ser restaurados com sucesso. - Backup versionado
Mantenha cópias de versões anteriores dos dados. Assim, se houver um problema que passe despercebido (como um arquivo corrompido), é possível retornar a um ponto anterior. - Armazenamento seguro
Discos físicos devem ser guardados em ambientes protegidos, à prova de incêndios, umidade e acesso não autorizado.
Proteção de dados além do backup
- Atualização constante dos softwares
Manter os sistemas da Argon e o sistema operacional atualizados fecha brechas de segurança e corrige vulnerabilidades. - Equipamentos modernos e confiáveis
Máquinas com SSD, processadores atuais (Intel i5/i7 ou AMD Ryzen 5/7) e RAM de no mínimo 8GB evitam falhas e perdas de dados por travamentos ou panes. - Controle de acesso rigoroso
Restringir quem pode acessar os dados e os sistemas, utilizando autenticação robusta e senhas fortes. - Antivírus, firewall e monitoramento constante
Proteja as estações contra vírus, ransomware e acessos indevidos. - Capacitação da equipe
Oriente todos os colaboradores sobre riscos digitais, engenharia social e boas práticas para não comprometer os dados.
Riscos reais que o backup previne
- Queima de HDs ou SSDs sem chance de recuperação.
- Falhas no fornecimento de energia que causam perda de arquivos abertos.
- Ataques de ransomware, que criptografam todos os dados e exigem resgate.
- Erros operacionais, como deleção acidental de atos ou relatórios financeiros.
Backup e segurança caminham juntos
Os sistemas da Argon são projetados para funcionar de forma estável e segura, mas a responsabilidade pela integridade dos dados também envolve a infraestrutura do cartório.
Investir em boas práticas de backup, equipamentos modernos e na atualização constante dos softwares é garantir não só segurança, mas também a continuidade, a confiança e a credibilidade da serventia.